sábado, 2 de julho de 2016

PEC acaba com auxílio-reclusão de criminoso e cria benefício para vítimas de crimes

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A Câmara analisa a Proposta de Emenda à Constituição 304/13, da deputada Antônia Lúcia (PSC-AC), que acaba com o auxílio-reclusão e cria um benefício mensal no valor de um salário mínimo para amparar vítimas de crimes e suas famílias.

Pelo texto, o novo benefício será pago à pessoa vítima de crime pelo período em que ela ficar afastada da atividade que garanta seu sustento. Em caso de morte, o benefício será convertido em pensão ao cônjuge ou companheiro e a dependentes da vítima, conforme regulamentação posterior.
A PEC deixa claro que o benefício não poderá ser acumulado por vítimas que já estejam recebendo auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou pensão por morte.
Vítimas sem amparo
Para a autora, é mais justo amparar a família da vítima do que a família do criminoso. Hoje não há previsão de amparo para vítimas do criminoso e suas famílias, afirma. Além disso, segundo ela, o fato do criminoso saber que sua família não ficará ao total desamparo se ele for recolhido à prisão, pode facilitar na decisão em cometer um crime.
Por outro lado, quando o crime implica sequelas à vítima, impedindo que ela desempenhe a atividade que garante seu sustento, ela enfrenta hoje um total desamparo, argumenta a deputada.
Auxílio aos dependentes de criminosos
Em vigor atualmente, o auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes de trabalhadores que contribuem para a Previdência Social. É pago enquanto o segurado estiver preso sob regime fechado ou semiaberto e não receba qualquer remuneração.
O cálculo do benefício é feito com base na média dos salários-de-contribuição do preso, e só é concedido quando esse salário for igual ou inferior a R$ 971,78, em atendimento ao preceito constitucional de assegurar o benefício apenas para quem tiver baixa renda.
Conforme a autora, o objetivo é destinar os recursos hoje usados para o pagamento do auxílio-reclusão à vítima do crime, quando sobreviver, ou para a família, no caso de morte.
Tramitação
Incialmente, a proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania quanto à admissibilidade. Se aprovada, será encaminhada para comissão especial criada especialmente para sua análise. Depois será votada em dois turnos pelo Plenário.


Caldeirão Político / JusBrasil

3 Comentários:

LANE disse...

PROPOSTA MUITA SÁBIA, JUSTA E COERENTE,SÓ PRECISAMOS TORCER E FAZER PRESSÃO, PARA QUE SEJA APROVADA, NUM PAIS DE POLÍTICOS INJUSTOS, DESONESTOS E INCOERENTES, QUE SÓ FAZEM PROPOSTAS, E SÓ APROVAM LEIS, QUE AO INVÉS DE FAVORECER, FERRAM COM O POVO BRASILEIRO, PRINCIPALMENTE OS MAIS INJUSTIÇADOS, POBRES, SEM VOZ E SEM VEZ.

Unknown disse...

Nossa, aleluia, até que enfim um(a) deputado de bom senso nesse país de ladrão....espero com todas as minhas forças que seja aprovado.Parabéns a deputada.

Unknown disse...

Se político fosse pra cadeia corria o risco de essa proposta não passar mas como a realidade é outra torço pra dar certo

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